O curso

O Curso de Especialização Educação, Pobreza e Desigualdade Social tem como centralidade a formação continuada de profissionais da educação básica e/ou de outros (as) profissionais envolvidos (as) com políticas sociais relacionadas à educação de crianças, adolescentes e jovens que vivem em circunstâncias de pobreza ou extrema pobreza.
 
Apesar do registro de avanços importantes nas últimas décadas, constatamos a persistente existência da pobreza no País, que afeta, ao longo de nossa história, crianças, adolescentes, jovens e adultos, De acordo
 
com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2012), em 1992, a população pobre ou extremamente pobre totalizava 45,12% da população. Em 2012, o percentual, segundo a pesquisa, era de 12,09%, totalizando aproximadamente 22.230.000 pessoas em situação de pobreza ou pobreza extrema, número ainda muito elevado e significativo.
 
A relação entre educação, escola, políticas educacionais, formação docente, currículos e o direito fundamental do ser humano a uma vida digna precisa estar mais presente nas políticas e no pensamento educacional, bem como na formação de profissionais da educação básica e de outros (as) profissionais envolvidos (as) com políticas sociais relacionados (as) com a educação em contextos empobrecidos.
 
Sendo assim, esse Curso de Especialização tem a finalidade de provocar o debate e a reflexão, sobretudo, no que se refere aos processos de educação envolvendo sujeitos que vivenciam a pobreza ou a extrema pobreza.
 
Segundo o Censo Demográfico realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 96,7% das crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos – faixa etária correspondente ao ensino fundamental – frequentaram a escola naquele ano, representando um número aproximado de 28,2 milhões de estudantes. Esse avanço foi possível com a implementação de políticas educacionais e políticas sociais articuladas com a educação, tais como o Programa Bolsa Família.
 
A ampliação do acesso à educação deve ser acompanhada de um grande esforço pela melhoria da qualidade da educação, em termos materiais e humanos. Para que esse esforço apresente resultados, é necessário o conhecimento aprofundado do lugar social de origem de crianças, adolescentes e jovens que chegaram à escola pública nas últimas décadas, bem como da realidade das escolas públicas brasileiras.
 
O número de crianças e jovens (6 a 17 anos) acompanhados(as) pelo Sistema de Acompanhamento da Frequência Escolar de famílias participantes do Programa Bolsa Família (Sistema Presença) chegou à marca, em 2013, de 16.085.1603 estudantes. Isso resulta em um percentual aproximado de 38,3% de estudantes de escolas públicas brasileiras que, segundo os cadastros sociais, são filhos e filhas de famílias cuja renda mensal per capita é menor que R$140,00.
 
Esse debate é de grande importância, considerando a realidade atual da educação brasileira. Paradoxalmente, porém, a produção acadêmica sobre o tema tem sido pouco sistemática.
 
 
SUPRIMIR JANELAS SOBRE FORMAÇÃO ACADÊMICA, PESQUISA E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO.
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